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Mercado de Escritórios de Lisboa - Análise de Resultados - Janeiro 2020

2020 arranca a bom ritmo com 14.062 m2 de espaços de escritórios ocupados

O mês de Janeiro de 2020 é demonstrativo de um ano que se prevê muito desafiante e que promete manter a procura em alta.

Rodrigo Canas

 

No final do mês de janeiro de 2020, o mercado de escritórios de Lisboa somou um total de 14.062 m2 de espaços de escritórios ocupados, representando um aumento significativo de absorção de ABL na ordem dos 50% comparativamente ao período homólogo de 2019.

“O mês de Janeiro de 2020 é demonstrativo de um ano que se prevê muito desafiante e que promete manter a procura em alta. As operações concluídas neste primeiro mês, ainda que em menor número relativamente ao ano 2019, foram direcionadas para áreas de maior dimensão, espelhando assim o interesse continuado dos grandes ocupantes em expandir as suas operações na cidade de Lisboa. Será interessante ver como o mercado irá reagir e responder a este tipo de procura enquanto aguarda a entrada dos novos projetos previstos para os próximos dois anos” menciona Rodrigo Canas, Director do Departamento de Escritórios da Savills Portugal.

 

Volume de Absorção por Zona de Mercado

 

No decorrer do mês de janeiro de 2020 foram verificadas 7 operações, menos 5 operações do que no mesmo mês de 2019.

 

Número de Negócios por Zona de Mercado

 

A Zona 5 (Parque das Nações) destacou-se com um volume de absorção de 6.164 m2, que correspondem à operação da ocupação da Randstad do Edifício Oriente 343.

Também a Zona 3 (novas zonas de escritórios) fechou o mês de janeiro em nota positiva com um total de 3.795 m2 de espaços ocupados, dos quais 3.638 m2 dizem respeito à ocupação pela entidade financeira BNP Paribas do empreendimento Green Park.

A Zona 6 (Corredor Oeste) mantém a sua trajetória de performance a um ritmo ascendente, facto já observado no decorrer do ano 2019. No total do mês de janeiro contabilizou 3.052 m2 de espaços absorvidos, onde mais uma vez uma entidade financeira foi responsável pela operação de ocupação com maior volume de ABL.

Em nota menos positiva, estiveram as zonas 1 (Zona Prime) e 2 (CBD) que observaram decréscimos nos seus volumes de absorção, iniciando o ano com descidas de 59% e 87% respetivamente e acusando a falta de disponibilidade de oferta dirigida a empresas com necessidades de ocupação de áreas maiores.

 

Volume de Absorção por Setor de Atividade

 

Os setores de atividade dedicados a Serviços Financeiros e Serviços Empresas foram os grandes responsáveis pelos resultados alcançados, representando 91% do volume total de transações registado no mês de janeiro de 2020.