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Porto e Lisboa estão no top 30 mundial para instalação de novos Data Centers

A Inteligência Artificial está a impulsionar a procura por Data Centers, mas as restrições de capacidade de energia direcionam a procura para locais emergentes

De acordo com o relatório “Impacts” da Savills, a utilização da Inteligência Artificial ​​deverá exigir a duplicação da capacidade dos Data Centers de grande dimensão nos próximos quatro anos. Embora a dimensão da procura signifique que serão necessários centros nos mercados de todo o mundo, a infraestrutura energética e a capacidade da rede significarão que a instalação será mais fácil em localizações do norte da Europa, como Malmo, Gotemburgo, Estocolmo e Oslo.

A Savills analisou 68 cidades em todo o mundo para avaliar quais apresentam melhores condições em termos de energia para a instalação de Data Centers, uma vez que a capacidade energética tende a ser o principal fator no desenvolvimento destas estruturas (consultar tabela completa abaixo). Lisboa e Porto encontram-se entre no top 30 da lista das geografias com melhores condições para instalação de novos Data Centers tendo em conta fatores como a produção de energia per capita, a autonomia energética, a produção de energia renovável, o custo da energia e a facilidade do acesso a energia.

“A Inteligência Artificial fez disparar a procura de novos espaços para Data Centers em todo o mundo e Portugal entrou definitivamente no radar dos grandes operadores mundiais, o que vai gerar um investimento de enorme escala nos próximos anos em Portugal”, refere Tiago Cortez, I&L Capital Markets Associate da Savills. “O país tem atualmente preços de energia abaixo da média europeia e, acima de tudo, uma das maiores quotas de mercado de energia produzida a partir de fontes renováveis, o que permite responder a uma procura crescente por tecnologias mais eficientes e sustentáveis e também a exigências cada vez maiores de consumidores e investidores em temas de sustentabilidade. Por outro lado, Portugal tem uma das melhores redes de fibra ótica do mundo e tornou-se na porta de entrada de muitos dos cabos submarinos que interligam continentes através de redes de grande capacidade de conexão de dados”.

Tiago Cortez, refere ainda que, “Já trabalhamos a área de Data Centers há mais de três anos, mas tínhamos procura para projetos de pequena e de média escala. No último ano e meio a procura passou para projetos de enorme dimensão, normalmente acima dos 300 MVA de potência, por isso é cada vez mais desafiante encontrar os locais que cumprem as necessidades dos operadores”.

“Com as grandes cidades a registarem frequentemente uma elevada procura por necessidades energéticas de outros setores, serão muitas vezes as cidades mais pequenas que terão mais facilidade em entregar energia aos Data Centers, especialmente aquelas que têm fontes de energia renováveis ​​abundantes, mas “os requisitos de localização de dados e uma necessidade contínua de que alguns serviços estejam localizados perto dos principais mercados continuará a impulsionar o desenvolvimento mesmo nos centros com maiores restrições energéticas”, comenta Paul Tostevin, head of Savills World Research.

Scott Newcombe, EMEA Head of Data Centres, acrescenta: “A IA está a transformar significativamente os mercados europeus de Data Centers, impulsionando o aumento da procura por poder de processamento e capacidade de armazenamento. À medida que as organizações adotam tecnologias de IA, necessitam de infraestruturas avançadas para lidar com grandes quantidades de dados. Este aumento leva à expansão dos Data Centers existentes e à construção de novos, promovendo inovações na eficiência energética e nos sistemas de refrigeração. Além disso, com regulamentos mais rigorosos em matéria de proteção de dados e sustentabilidade, os operadores de centros de dados na Europa estão a investir em tecnologias verdes para satisfazer os requisitos de conformidade e as expectativas dos consumidores. No geral, a IA está a moldar um cenário de Data Centers mais robusto, eficiente e ambientalmente consciente em toda a EMEA.”

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